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Céu azul


Um ano inteiro à espera do Verão, para descansar…para não fazer népia, rumar todos os dias a nenhures, saboreando o descanso…
A calma de uma tarde de calor, só para os camaleões que insistentemente teimam em não levar chapéuzinho de sol para a praia ( o que não é o meu caso…hi hi hi hi…) e depois ficam a olhar cobiçando o meu “amarelinho” tão giro e fresquinho que ele é, cambada de invejosos…”chapéus há muitos seus palermas”,  mas este é meu.
E debaixo dele está-se tão bem …”ai tásse tásse”, com a coadjuvante de uma cadeira confortavelmente azul daquelas que se dobram e dão muito jeito para arrumar no porta bagagens e que por lá fica toda a época de veraneio sem roubar espaço ás compras de rotina. Uma geleirinha daquelas oferecidas na compra de 6 pacotes de compota, diga-se de passagem que deitei metade fora o ano passado. Não consegui impingir nenhuma aos vizinhos de praia e do prédio, bem tentei, mas… “niet”.
O jornal ou mais umas páginas do “O Código Da Vinci”, alegram um par de horas de leitura, que se lê com mais 10 e “ians“ na temperatura… vale-me a tal águinha fresca no meio de duas barrinhas de plástico térmico.
E na água há os snowboarders de fim de semana, que demoram mais tempo a vestir o fato que propriamente a “snowboardar”, os surfistas que…idem, de resto com um mar “flat” não percebo como é que há ppl (ppl ???????????????...ihihihih), para fazer aquelas figuras, melhor figura faço eu quando brinco na banheira com o patinho amarelo que faz “quá quá” (sem outras conotações ó faxavor) durante os meus eternos banhos de imersão…mas só no Inverno.
Mas realmente está-se bem, o rádio de uma família “fashion” das redondezas dava um toque musical ao cenário.
Está na hora de mais um mergulho…
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhh esta sensação de bem estar, ai que ricas férias…
Um pêssego fresquinho, hummmm, bem aja o inventor do gelo e das compotas intragáveis que oferecem mini geleiras…A cadeira ajusta-se a gosto e o escriba refastela-se ainda mais. Mais umas páginas de leitura…
Outro mergulho… para a coragem que vai ser precisa para sair dali.
Engarrafamento pior que o próprio, só mesmo o engarrafamento numa estrada de terra…
Uma fila de que não se avistava o final…Meia hora depois tinha sido um esperto, se calhar daqueles que suam em bica e bebem bagaço depois das refeições, que tinha teimado em passar toda a gente por um atalho de areia…ora os popós normais, não podem passar por caminhos de areia …enervou-se…as ganas de sair dali foram superiores à inteligência… pelo ar do dito… já de si parca em neurónios e o popó parecia que tinha ficado no meio de uma tempestade de areia num qualquer deserto africano. Ainda tentei perceber do que é que ele estava à espera ali sentado no capot…mas rapidamente ouvi o comentário de que o jipe do irmão estava para chegar…mais 10 minutos de desespero para os que iam para a praia e os que tb não podiam passar e decidiu-se assim como num concelho ordinário( e muito ) e momentâneo de praia, que uma dúzia de braços podia ajudar o homem mas sobretudo os outros que se nada se fizesse ficávamos todos para o pôr do sol.
Ai estes esforços aleatórios que só acontecem porque “freaks do bagaço” subvalorizam os neurónios dos outros. Lá se tirou o popó para terrenos mais duros…e o feliz condutor quis pagar um copo a toda a gente mesmo ali na tasca do lado…eu como não gosto de bagaço, aproveitei e ganhei uns fantásticos minutos no regresso, enquanto os outros emborcaram de certeza os mais variados líquidos.
De regresso ao “lar doce lar” meti-me debaixo do chuveiro e deixei-me estar na água fria até fazer inveja a qualquer bacalhau da Noruega.
Domingos de praia na Fonte da Telha, não obrigado.
Agora, fresquinho da Silva, vou xonar como se não houvesse amanhã…uma sesta ao domingo é mesmo desafiar o calendário, e todos os deuses do tempo.

Inté

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