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"Achados e perdidos"


Alguns, muitos, anos depois da "125 azul" outra voz e outro tempo, noutra estrada, fiquei preso a este tema da Mafalda. Voz de palavras simples com acordes claros.
Achamos nos caminhos que se cruzam,por vezes, tudo que um dia podemos perder.
Achar, perder...Perder a tentar achar.

Cantiga de amor...


Um disco que tive curiosidade de ouvir...gostei de duas ou três.
Lembro-me neste dia da memória de os ver no RRV lá pelo meio dos 80.
Não gostei do video, em jeito vintage. Mas fica o tema em registo.
O amanhã continua a ser longe demais. Fica a certeza de podermos sempre pintar o mundo de outra côr.

Vento sul...


A estrada acabou para sul...o caminho perdeu-se...a tarde quase adormeceu...
O por do sol não era de Sagres, a cerveja não tinha alcool mas sabia a limão...e o tempo, é sempre que eu quiser.

Baía sem Luar


O vento cortava pela primeira vez neste Outono. O agasalho de inverno separava-me do frio. Num café vizinho, despovoado, tocava este tema. Sentei-me no muro de pedra por um instante, entre o som e o resto de ondas que a baía trazia. A Lua andava por lá mas escondida. Tentei que viesse mas não apareceu.

Bió.. quê?

“Espaço 1999”, lembras-te ?
Parece que foi ontem que me perdia de mão dada com o
pensamento imaginário tentado-me Nostradamus a
adivinhar onde estaria em 1999... Cenários lunares ou
mesmo marcianos não se me afiguravam assim tão
ficcção quanto isso. E a teletransportação? E as armas de
raios laser? E todos os botões a piscar naquelas consolas
espaciais? E as “águias” que ao descolar até deitavam
fumo?
Entretanto foi “A guerra das estrelas” a primeira loja do
Macdonalds e as maravilhas de primeiro mundo que
entretanto fomos importando.
E eis que hoje ao acordar oiço o homem da rádio falar
que pela primeira vez se tinha implantado uma mão
biónica em Portugal. Assim sem mais nem menos e sem
me avisarem. Sim porque isto não é notícia para o acordar
de qualquer mortal da geração“ Espaço 1999”.
E lá levantou voo o pensamento de novo e eu sem reflexos
para o conseguir agarrar.
A primeira mão biónica foi hoje. Dentro de mais uns anos
será a possibilidade de termos todos os membros
bionizados. Prevejo que o mundo poderá ser muito mais
eficaz. Políticos com implantes biónicos incluindo o
cérebro claro. O monopólio dos fabricantes de Viagra e
mais uma dúzia de genéricos similares a perder-se no
fundo das cotações bolsistas. E a vida últil laboral a
terminar aos 253 anos de produtividade efectiva.
Entretanto o número de divorcios será quase nulo porque
cada feliz habitante do planeta, que na altura dificilmente
será ainda azul, terá para uso privado e globalizante um
Tamagoshi biónico e transformável, ao gosto de cada um.
Todo o infinito resto, deixo-te imaginar...
Por agora o sumo de laranja não se faz sózinho e tenho
que ir ao poço buscar água porque o chuveiro de folha
não sai do prego da parede e se enche por vontade minha.