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Simplesmente Maria



Conheci a Maria há já algum tempo numa das muitas esquinas desta aldeia virtual.
Não sabia nada dela, qual a sua profissão, se era vegetariana ou naturista, preta ou branca, magra ou gorda, até que um dia ela "blogoconfessou-se"...e assim a pouco e pouco fui lendo a Maria ( não a Maria revista que não servia nem para embrulhar castanhas porque as folhas eram pequenas), ou melhor, ela convidou-me lá a casa e deixou-me entrar sem hesitar…e sem perguntas.
Claro que o que se passou comigo pode muito bem passar-se com outros navegadores deste Oceano Bit. Como sei que o que não falta por aqui são invejosos não me importo, porque até nem me conheço ciumento, de partilhar a casa da Maria com quem a quiser visitar. Mas recomendo que a visitem de sorriso nos lábios, principalmente os adeptos de gargalhadas solitárias e prazeres afins. Vou a casa da Maria sempre que me apetece e não quero saber se a mulher, namorada, amante e a vizinha do 23 fazem uma crise de ciúmes.
E já agora deixem uma ajuda monetária à Maria, pode ser por vale de correio, cartão de crédito ou transferência bancária…é que ela gasta fortunas no Psi.
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh é verdade…como não há blogs perfeitos na sua concepção arquitectónica, comecem pelo fim se faz favor para perceberam tudinho, desde a idade do sarampo da casa da Maria.
A foto não é da Maria é da minha cadeira, que um dia destes lhe empresto porque o seu Psi é um invejoso.

http://chezmaria.blogspot.com/

Doce pagão, ou não.



Amarante é assim uma cidade de contrastes e de inúmeras facetas fotográficas devido à luz que varia agradavelmente ao longo do dia. Não deixes de visitar o site da cidade: http://www.cm-amarante.pt.
Teixeira de Pascoaes, Amadeu de Sousa Cardoso, S. Gonçalo são apenas alguns nomes de referência e também 3 personalidades muito diferentes desta cidade minhota.
Numa rua fechada ao trânsito passeio o olhar por vários quadros que atraem o visitante, lojas de artesanato, de doces regionais, e ao primeiro olhar uma loja de santos…na segunda passagem percebi que afinal era uma padaria…e com uns bolos no mínimo originais onde ao lado se podia ler :
“Os doces fálicos presença habitual nas romarias de Amarante estão associados ao culto (pagão) a S. Gonçalo padroeiro do concelho celebrado em Janeiro e Junho de cada ano. Ao Santo, recorde-se, são atribuídos dotes de casamenteiro (há quem o conheça por casamenteiro das velhas) pelo que os doces fálicos constituem um ícone facilmente associável às preces e rituais das solteironas para conseguirem um noivo.”… Tudo isto escrito em 3 línguas para que ninguém ficasse analfabeto perante tal artesanato gastronómico. Ora eu que pensava que “artesanato” deste era apanágio das Caldas, pensei logo que estava perante um acontecimento digno de blog.
Saquei da dita para fotografar o dito, passei por uma coisa que até à data ainda não deu sinais de se desenvolver em mim e sem demora fiz umas 3 ou 4 chapas da “coisa” ou melhor “dos coisos”, perante o sorriso malandro de um transeunte local.
Ora numa cidade onde igrejas não faltam, onde o culto é uma das tradições seculares, doces fálicos meus amigos? Doces fálicos? A religião tem mesmo os seus pecados.
Não sei ao certo qual a idade desta “tradição” mas decerto a procura deve ser grande a julgar pela saída que cada doce destes deve ter, quais artigos de segunda, dos sex shops parisienses ou “amesterdaneses” em borracha ou latex não me admiraria nada que o inventor do “vibromassajador” se tivesse um dia passeado por lá… o verdadeiro e genuíno “artigo” é o português de Amarante. Flexível, resistente, doce ao que parece, descartável e higienicamente seguro, até porque acho que as moscas não transmitem doenças venéreas. Se a moda pega ainda vamos ver doces fálicos de Amarante à venda nos cinco continentes…se calhar ainda me aventuro a registar a patente. Só falta um japonês inventar uma forma de lhe adaptar uma pilha e torná-lo o primeiro doce fálico vibratório comestível. De resto não admira, S. Gonçalo que virilmente posa ao lado dos ditos doces, peregrinou por Roma e Jerusalém. Tenho a certeza que viu por lá muita coisa que o inspirou. Mas isto aqui entre nós que ninguém nos ouve é de certeza um doce conventual…bruxo, imaginem porquê.
Caras leitoras de todas a idades (maiores claro), não deixem de provar este doce regional, porque o que é nacional é bom. E doce, também é cultura.


Portugalando sempre



Olá
De regresso ás lides e à normalidade após o “conhaque” veraneante…
Conhecer mais um pouco deste nosso imperfeito (na forma) triângulo, foi um dos grandes prazeres de duas semanas de viagem que, só vos digo deram para relaxar mais do que pensava.
A chuva foi uma constante dos primeiros e muitos dias deste périplo nacional, mas nem por isso me fizeram demover do meu objectivo primeiro, ir conhecer o burgo.
Por isso ao longo de algum tempo blogueiro não se admirem de ver por cá “instantes” registados e comentados por este vosso escriba que já tinha saudades vossas.
Viajar sem pressa e de preferência por estradas secundárias é o que vos sugiro quando tiverem um momento de dedicação à causa de, conhecer melhor este chão. Fugir à rotina e não prever sequer onde se vai dormir pode ter ainda o seu quê de aventura, mesmo para aqueles que terminantemente decidem não ir sem saber se na localidade X haverá um restaurante decente perto da estalagem de pelo menos 3 estrelas…tenham paciência.
Só vos digo, gostei e muito e para o ano gostava de repetir…a ver vamos.
A foto é de uma estrada perto do Gerês e só tenho pena que os cérebros informáticos ainda não tenham descoberto as fotos com cheiro. Digam lá que não dá vontade de fugir nem que seja por um fim de semana?

Abraços bloguistas

V A C A N Ç A S


VOU DE FÉRIAS E NÃO ME INTERESSA...
BLOGEM BUÉ, BEBAM MUITA ÁGUINHA, APROVEITEM AO MÁXIMO A GASTRONOMIA NACIONAL, O SOL COM CONTA PESO E MEDIDA, OS BANHOS DE MAR, DE RIO, OU DE PISCINA, OS SUMINHOS DE VERÃO, OS ORGASMOS DAS NAMORADAS, DOS NAMORADOS, DAS ESPOSAS, DOS MARIDOS, DOS NEM UMA COISA NEM OUTRA, OS RITMOS QUENTES DAS DISCOTECAS, AS DANÇAS DE SALÃO (HIHIHIHI) A MÚSICA PIMBA, O ROCK, A AMIGA E TUDO O QUE VOS APETECER E VIER À CABEÇA PORQUE UMA VONTADE DE VERÃO VEM SEMPRE POR BEM...
VIAJA COMO EU, CÁ PELO BURGO, PARA NORTE PARA SUL PARA LESTE PARA OESTE, DE BARCO, DE CARRO, DE BURRO, DE TROTINETE, A PÉ, MAS VIAGEM PORRA.

VOLTO A BLOGAR UM DIA DESTES, TALVEZ DEPOIS DE UM ADIADO POR DE SOL NA CAPARICA.

BEIJINHOS E ABRAÇOS

Fogo


Numa manhã deste verão quente, e depois de uma noite de pouco sono e muito calor, fui por aí…estrada fora, porque já não sentia o que era , ir andando, há muito tempo…porque estes estados me acontecem sem hora , nem aviso, e simplesmente porque é assim e não se fala mais nisso.
Umas visitas a locais de culto desta sociedade de consumo…o procurar uma loja onde havia um candeeiro invejável, “que ficava chiquérrimo naquele aparador da sala kika”…ou seria keka? Mas a estrada deve ter mudado entretanto …teria buracos novos ou foi a orientação do condutor que se perdeu no tempo? Nada feito perdi-lhe mesmo o Norte e todos os outros pontos cardeais por acréscimo…tentei pedir socorro mas num sábado de manhã claro que as probabilidades eram remotas.
A estrada só para mim…coisa rara nos dias que correm, não fora os condutores de fim de semana, com popós que ao longe até encandeavam de tanto brilho na chapa…de quando em vez lá passava um…num semáforo, olharam-me com desprezo, já um gajo não pode ter um carro maquilhado com pó…é certo que qualquer semelhança com o de arroz é pura coincidência... estes “valetes do volante polido” provocam-me alergia respiratória…
A auto estrada foi preterida pela nacional, uma paragem nas tortas de Azeitão: “dê-me aí duas caixas ó faxavor”…
No resto do caminho de volta, o olhar perdeu-se no lado direito da estrada, abrandei até parar…uma vasta extensão de pinhal deixara de o ser…a árvores pareciam de folha caduca de outros Outonos, uma vasta área tinha ardido. Um pinhal sem cheiro, sem vida, de fazer quase arrepio.
O ano passado foi o que se viu, este ano as coisas não estão a melhorar…os incêndios continuam a sufocar uma boa parte dos pulmões nacionais, repintando o verde de castanho morto…imaginar como seria a vida ali mesmo em frente de mim há uns dias atrás…
Quando os fogos são de origem criminosa, o incendiário devia cumprir uma pena a reflorestar as áreas ardidas, árvore a árvore, arbusto a arbusto, e de sol a sol…para não falar na fauna que a maioria desconhece e que desaparece nas cinzas. Que me perdoem os senhores da amnistia, e o todo poderoso que segundo os crentes deu vida a tudo isto, mas perante tal cenário até me apetece dizer que reflorestar as zonas ardidas pelos próprios incendiários seria ainda pouco…acho que a pena por homicídio voluntário se deveria aplicar também nestes casos…e já agora deixem os gajos um bocadinho só, lá perto do braseiro…só o tempo de queimarem os pelinhos todos…assim tipo quando deixamos os dedinhos perto do lume o suficiente para deitar cheiro… e queimem-lhes os “túbaros” até ao nível seguinte ao suportável, logo após o choro baba e ranho penitentes. Neste casos sou pelo semi linchamento público, com povo a assistir e tambores a rufar… mas quais direitos do homem…e os da floresta? E os de todos os outros? Não me fecundem com princípios éticos de retórica.
Já para não falar nas inúmeras medidas que os sucessivos governos não têm empreendido para ao menos reduzir a área ardida de ano para ano.
Como diria um tio velho, de que não lembro o nome…”Capem os gajos”.