Páginas

TRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM

O telefone tocou. Uma voz cheia de energia , talvez depois da calórica mas moderna refeição pós ginásio matinal diário:
- Bom dia então bem disposto? Essas férias? Foram boas?...
A estas, sem tirar, se juntaram assim de enfiada mais outras tantas perguntas, no espaço de um bocejo a acordar…
Se bem que as férias tenham acabado há já umas semanas, me dei conta realmente que esta era a senha da rentrée profissional.
Os telefonemas, os mails, os faxs em vias de extinção, os posts, os sinais de vida em jeito de ruído de fundo das ventoinhas dos computadores e processadores…sim porque duvido que alguém fique de boca aberta a pensar o que é isso… são o sinal que o conhaque acabou e agora toca a produzir.
Pelo que me toca, sempre produzi com agrado( hum…há excepções mas isso agora não interessa nada e destoaria neste contexto), mesmo quando já só o que me apetece é desligar o quadro geral e ir dormir.
Mas lá me levantei devagarinho 20 minutos depois da minha enérgica interlocutora se ter despedido - até porque é óptimo podermos gerir o que fazemos sem nenhum boss de humores, que nos ultrapassa a barreira de segurança físico emocional …acredito que a vontade de bater desperte em cada um nessas situações- lembrando-me que me tornei infiel, desprezando-te meu Embloglio, nos últimos tempos.
Por isso e porque acho que o meu período libertino deve ter ficado no século passado, a menos que a amnésia me tenha invadido, prometo voltar a ser-te fiel e dar-mos outras voltinhas os dois.
E agora que acho que me perdoas por esta ausência não premeditada mas real, e sem desculpas…porque há que assumir sempre, fica lá com mais este desabafo “mea culpa”
matinal, para saberes que este gajo até pensa em ti.
Até já Embloglio…

6 comentários:

Maria Arvore disse...

Este século XXI é de facto um século cheio de novidades. Agora conta é a fidelidade ao blogue. ;) Afinal a nossa «cara metade» ou «meia laranja» é um blogue. ;) Apenas uma dúvida se me coloca: quando escrevemos no blogue estamos a fazer amor ou a masturbarmo-nos?... ;)

Anónimo disse...

Quando através do calor das mãos, se deixa fluir a fantasia com naturalidade, percorrendo o corpo em busca de sensações que levam à satisfação do desejo, percebe-se a razão pela qual nenhuma mulher deveria renunciar a masturbar-se; não só pelo que implica o autoconhecimento do nosso corpo. O auto-erotismo desperta muito cedo e na adolescência manifesta-se como uma intensa tendência voluptuosa, que leva a experimentar o próprio corpo, revelando os recantos ocultos da sensualidade. A masturbação é sempre agradável e não deve ser apenas uma substituição do companheiro. É uma experiência íntima que relaxa tensões, evita o stress, e contribui para a serenidade e equilíbrio pessoal; além disso, prepara sensualmente e ensina, através do próprio corpo, a orientar o companheiro na rota do prazer, num complemento dos jogos eróticos a dois. Mas, Maria Arvore!quando o sumo da laranja é extraído, acaba-se como uma "meia-laranja podre"...talvez devido á carência de "vitamina C" é que nós mulheres pecamos, na medida em que muitas vezes confundimos o fazer sexo e o fazer amor...a falta de envolvimento emocional...origina o apodrecimento de uma relação, não sei se a culpa será nossa...ou dos comprimidos de levedura de cerveja, que lhe atrofiam o cérebro...



Laranjadoce & Tosta Mista

Maria Arvore disse...

Minha laranja amarga e doce (meu poema) , efectivamente sexo não é amor, nem vice-versa. Efectivamente, apenas algumas vezes eles coincidem. Deve ser a esse estado de alma que chamaram «paraíso»... De qualquer forma, como na minha humilde opinião ninguém nasceu sofrer, mas antes para ter prazer, qualquer fonte de prazer é perfeitamente lícita (menos tirar olhos aos outros) e cada um é que sabe como se sente melhor.
A cada um o seu prazer!

Anónimo disse...

Constato com tristeza que cada vez mais tudo vai ter, vai dar ou chega, a sexo, que fazes maria-arvore da magia que é a paixão e de todo o belo que só o AMOR pode conter mesmo quando lagrima vem alma e coração inundar?

maria _arvore e se este blogue é como o penso pedaços de vida,
será que a fidelidade não começa em cada um de nós?!
Deduzo sensibilidade por muitos esquecida o que me deixa intimamente enternecida

obrigado MIKA e continua fiel

Maria Arvore disse...

Querida anónima:
Escrevo-lhe esta carta de amor para lhe afirmar que é possível amar a todos sem ter sexo com eles. Algures, num livro antigo está escrito «Amai-vos uns aos outros». Essa é a minha filosofia de vida: amar perdidamente com toda a paixão que me inunda a alma e despejá-la aos 4 ventos.
Porque sexo é como guiar carros: o carro pode ser «muita» lindo e o condutor ser um nabo. E como não há exames para tirar uma carta de permissão de sexo a gente sujeita-se a tudo... Razão tinha a minha avózinha, uma percursora da defesa dos direitos do consumidor certamente - que dizia que não se devia comprar nada sem experimentar primeiro.
Quanto à fidelidade, eu prefiro a Alta. Apenas porque se decidimos fazer uma coisa é para fazê-la mesmo: 8 ou 80. E concordo que a fidelidade começa em nós porque somos seres livres e com vontade própria. Como diz um cantor da praça «ninguém é de ninguém» e eu concordo.
Para mim a coisa é simples: damos o que queremos dar; não vale é apresentar contas para pagar. A vida são dois dias para saborear.

Anónimo disse...

Ai que caraças.......não briguem então:-)))))))))Chega para todas eheheh....a levedura de cerveja tá para durar....e dura e dura e dura....hum, não será mais Duracell??kié k kerem..."a mea culpa "é dele...ahahahhahahhahahahha...