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Fui...mas acho que volto, noutra incerteza do tempo




O pano subiu... As férias começaram a ritmo de primeiro acto.
Alentejo que desejo poiso, noutro meu ficar.
Navio náufrago vicentinamente cativo.

Lagos em acto segundo, de praias tímidas por descobrir.
Chinelo de praia caído numa rotunda sentindo-se pisado por outros pisos de borracha.
Ruídos de boca a suarem desejos no quarto ao lado.

E o acto terceiro quase a chegar, para na apoteose da peça voltar a fechar o pano até outros sinais audíveis de Molière.

Em Almadéna, a sul, o sol esconde-se por detrás da terra...

4 comentários:

Azul disse...

Magnífico texto este! Aplaudo de pé, e de pé me mantenho curvada, porém, na alma profunda, grata pela leitura!

Cumprimentos. Até breve. Azul.

Anónimo disse...

Curiosa a tua descrição das férias como peça de teatro. Nunca o faço com as férias. Mas o teatro da vida faz ultrapassar momentos que nos magoam, dando-lhes um ar trágico-cómico de sátira que nos põe um sorriso nos lábios.
Almádena… calma de pacato branco de barras azuis o ocre. Como tantas de vida simples que muitos põem atrás do sol-posto.
Continuação de boas férias.

100botox disse...

A vida é esse vai e vem, de subida e descida de panos... Somos os actores desse palco, e temos a obrigação de representar da melhor forma o nosso papel principal...
Qt a ti meu amigo, aplaudo de pé...

Boas férias.Bj

made in china (junto à foz)

Maria disse...

Gosto de te ler... e aplaudo também de pé!

Em falar em FUI... quando é que regressas? Já tenho saudades das nossas "conversas de letras" e do copo prometido!

Agora que já deves ter acabado as tuas férias deves ter montes de novidades para contar.

Bjs

Maria