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A Lua antes de ti...

Um Resto de onda suava a areia espelhando o ocaso.
As nuvens fugiam para o vermelho roubadas pela brisa
Naquele gesto tão teu de abraçares o casaco de meia estação
Olhavas o longe franzindo o sobrolho no olhar que te sabia de cor
Paravas o tempo como se o mundo fosse… só nosso
No silêncio calmo que a tempestade escreveu

O Céu despiu-se de negro e provou as estrelas
Nua… aguaste no mar tudo o que tinhas
Água rendida morria suave ali tão perto de ti
Luzes brilhavam ao fundo do outro lado do Tejo
A areia guardou na memória os teus pés descalços
Segui-te nos olhos… fiquei a adivinhar-te os passos
Até ao longe mais longe… que de tão longe
A Lua era antes de ti

2 comentários:

B disse...

Morri, nesse triste Inverno a que pertenço.

B

B disse...

...porque:

Anular, por um recúo incompreensível, o impulso infinito da dávida, quando isso acontece em plena corrida, num sobressalto fatal, é como se se morresse.

B